1. |
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(Letra e música: Marcus Vinícius Evaristo)
Eu visto branco, feito um pai de santo
e não desvisto mais
Eu tenho um manto sagrado e costurado
por quem nasceu há dez
Meu primeiro beijo foi o último da noite
e eu nem disputo mais
No ménage do Maletta quem pediu pra parar fui eu
Uma casa toda inflamada
que eu nem invado mais
Sua costela é pública e notória
e eu tive mais
Eu agradeço pelo Igor sem H
que eu nem me esforço mais
No ménage do Maletta quem pediu pra parar fui eu
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2. |
Hipernormalização
04:29
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(Letra e música: Fernando Bones)
Os gritos na janela são insuportáveis
Não dá pra respirar fora d'água
Procuro meus passos de volta pra onde a terra há de chamar
Ao nosso redor o horizonte é claro e nítido
E ninguém, nem por um segundo, ousa duvidar
Do que existe além de onde seu nariz aponta
E há mais frases de efeito que escolhas
A hipernormalização em nossas casas
Não dá pra sentir mais minhas pernas
Os médicos não sabem quando, nem se voltarei a andar
Ao nosso redor os destroços caem, lindos
E ninguém, nem por um segundo, tenta desviar
Do que despenca bem em cima da sua cabeça
E há mais frases de efeito que escolhas
Atiradores de elite estão posicionados
Na mira uns dos outros aguardam
A primeira oportunidade para que possam atirar
Ao nosso redor os defuntos dormem rindo
E ninguém, nem por um segundo, tenta decifrar
Porque eles não tem nenhuma ruga nas suas testas
E há mais frases de efeito que escolhas
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3. |
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(Letra e música: Fernando Bones)
Você alimenta o monstro
Ele devolve medo
Você aceita o gozo
Ele evolve sendo
O medo mais profundo
Você nunca sucumbe
Pois crê na volta dele
Que vai salvar o reino
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4. |
Sua voz é grave e linda
03:31
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(Letra e música: Marcus Vinícius Evaristo)
A bílis é a saliva de quem me devora
12 vias de moralismo na última hora
Em cada dente canino de quem me endossa
No rosto de menino que quer ir embora
Tem! Alguma coisa tem!
Eu olho pra ela como ela olha pra você
Tem! Cada vez mais tem!
Eu olha pra ela como ela olha pra você
Eu quis sim ter um karaokê com você
Ganhar uma grana e esquecer minha ex
Eu te dei tudo de mão beijada
E agora, cara? Você me conhece agora?
Quantos papeis você vai jogar na minha mão?
Conta cada centavo que dei como prova
Nessa piedade de quem me ignora
Sabe de tudo e me penhora
Num sebo que não me apaga nem me adota
Em cada dente canino de quem me endossa
A bílis é a saliva de quem me devora
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5. |
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(Letra e música: Fernando Bones)
Um sujeito apontando pro sol
Por que alguém faria isso?
Todos sabem que ele está lá
E cega
Eu tenho medo de ficar cego
Como fiéis seguidores de um deus único
Com Dionísio assassinado
Me calo
Pois tenho tão pouco a falar
Quando sóbrio
O rio da história transborda o leito
O tempo todo varrendo tudo
Pra frente sem perguntar
Se pode
Eu tenho medo de ficar velho
E conservador como meus velhos amigos
Guardando dinheiros e planos
Desisto
Pois tenho tão pouco a perder
Quando acordo
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6. |
Ouroboros
01:09
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(Letra e música: Fernando Bones)
Meus avós estão mortos
Assim como um dia eu estarei
O que eles fizeram além
De lutar por comida e preservação da espécie?
Cada cabeça é um continente submerso
E o universo só existe dentro dela
Um dia ele morrerá
Assim como meus avós e eu?
O relógio me lembra que o real existe
E há tempo para ser jogado fora
Ele só existe pra ser jogado fora
O tempo é um desperdício
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7. |
VHS
03:24
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(Letra e música: Marcus Vinícius Evaristo)
Sonhei com o mar e me esgotei ao desidratar
Rolos de fita de tantos filmes que eu nunca vi
Tanto esforço eu fiz pra me erguer e me ver ruir
Como uma parte mórbida, uma parte mórbida, do mel que eu não provei
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8. |
Meu chefe é triste
03:26
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(Letra e música: Marcus Vinícius Evaristo)
Eu que nunca vi o lado bom
Não cabe a mim parecer do que eu não pedi
Nem cabe à vida brincar de ser ruim
Nem cabe à vida brincar de ser
Meu chefe é triste e todo mundo vê
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9. |
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(Letra: Edevaldo José Strapasson)
Você usa as suas unhas pra me arranhar
Você usa os seus dentes pra me morder
Você pinta as suas unhas
Você escova os seus dentes
Você tem todas as unhas e todos os dentes
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10. |
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(Letra e música: Fernando Bones)
Fui honrado com o título de exemplo da família
Foi tão fácil! Quase tanto quanto ganhar o meu primeiro quinquênio
Premiado com as respostas certas pras questões erradas
É tão fácil! Mal sabem eles que eu
Sou
Tão sujo
Quanto o fundo
Da panela
De arroz
Que queimou
No almoço
De domingo
Que a gente nem
Brigou
Exaltado como grande influência pros amigos
Improvável conseguir argumentar o quanto isso era um engano
Coroado com a mais alta honraria de fachada
Foi tão fácil! Mal sabem eles que eu
Sou
Tão sujo
Quanto o fundo
Da panela
De arroz
Que queimou
No almoço
De domingo
Que a gente nem
Brigou
Renuncio ao meu reinado
Premiado com as respostas certas pras questões erradas
É tão fácil! Mal sabem eles que eu
Sou
Tão sujo
Quanto o fundo
Da panela
De arroz
Que queimou
No almoço
De domingo
Que a gente nem
Brigou
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11. |
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(Letra e música: Marcus Vinícius Evaristo)
Eu tentei como você
Em alguma coisa deu
Não convivo mais com quem me faz mal
Nem abro mão dos eventos locais
Em data comemorativas
Mas alguma coisa grita na antimatéria
A minha alma não é bem resolvida
Desvendei tudo quando anotei aquele pesadelo
Nos mínimos detalhes
É covardia ou pouca vitamina D?
Ê Ê Ê Ê
Alguma coisa grita na antimatéria
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Aldan Belo Horizonte, Brazil
Banda de anti-rock de Belo Horizonte formada por Marcus Vinícius Evaristo (guitarra e voz), Fernando Bones (baixo e voz), Bruno Carlos (bateria e voz) e Tiago Sales Gomes (guitarra e voz).
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